Surat Ghafir(1). Ha, Mim.(2)
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(1) Ghafir: particípio presente adjetivado de ghafara, perdoar. Ghafir, perdoador, é usado, aqui, como epíteto de Deus, e esta palavra, mencionada no versículo 3, vai denominar a sura, cujo tema fundamental é o confronto entre a verdade e a falsidade, a crença e a descrença. Aponta o vão ensoberbecimento do homem, no mundo, e suas trágicas conseqüências. A sura inicia-se pela demonstração do valor do Alcorão como revelação de Deus Onipotente; depois, convoca a humanidade a crer na unicidade de Deus e a não iludir-se com a falsa prosperidade dos incrédulos; refere-se aos anjos transportadores do Trono e à súplica que dirigem a Deus, para que perdoe os crentes. Em inúmeras passagens desta sura, há referências aos sinais de Deus, a Seus infinitos poderes, que levam o homem a crer na unicidade divina. Aqui, como em outras várias suras, novamente a história de Moisés e seu povo, e o importante papel, desempenhado por um homem piedoso, do povo de Faraó, que ocultou sua crença, com o fito de levar seu povo a seguir a religião mosaica. Finalmente, a sura salienta as fases da criação do homem, e algumas cenas escatológicas. E o homem é exortado a percorrer a terra, para tomar conhecimento do que ocorreu aos povos anteriores, arrasados por haverem negado as mensagens proféticas das Verdades Divinas.(2) Cf. II 1 n3.