Surat Al-Hachr(1). O que há nos céus e o que há na terra glorificam a Allah. E Ele é O Todo-Poderoso, O Sábio.
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(1) Al Hachr: infinitivo substantivado de hachara, reunir pessoas. Essa palavra, que nomeia a sura, aparece no versículo 2. A glorificação universal de Deus dá início à sura, que ratifica ser Ele O Todo-Poderoso, O Sábio. Narra o desterro da tribo Bani An-Nadir, parte da comunidade judaica que habitava Al Madinah, por ocasião da emigração de Muhammad e seus seguidores a essa cidade. Nessa época, esses judeus concertaram um pacto com os moslimes de permanecerem neutros, em sua disputa com os Quraich, ferrenhos inimigos do Profeta. Ocorre que na batalha de Uhud, foram derrotados os moslimes, e os judeus de Bani An-Nadir romperam o pacto feito e aliaram-se aos Quraich. Após essa batalha, os moslimes assediaram os Bani An-Nadir, que se encontravam protegidos em suas fortalezas. Todavia, não mais suportando o assédio, esses judeus, intencionando deixar, para sempre, a cidade de Al Madinah, pediram ao Profeta os deixasse partir a salvo, no que foram atendidos, ficando, porém, seus espólios, obtidos sem batalha, para serem distribuídos, não entre os combatentes, pois não houvera combate, mas entre os órfãos, os necessitados e outros. A sura ainda faz apologia à nobre atitude dos habitantes genuínos de Al Madinah, Al Ansar, que preferiram legar os espólios aos emigrantes. Censura, outrossim, a atitude dos hipócritas, que, havendo prometido aos judeus ajuda contra os moslimes, não o fizeram. Conclui, fazendo notar aos crentes que devem, sempre, temer a Deus e estar prontos para o Dia do Juízo, e ressaltando o valor do Alcorão, que é Revelação de Deus, a Quem pertencem os mais sublimes epítetos.


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